Meu primeiro contato com a prática do yoga da caxemira foi em julho de 2016. Dois anos se passaram e quando olho para esse processo, vejo tanta beleza que me deu vontade de dividir um pouquinho mais…
Ao longo de muitos anos de busca, frequentei dezenas de lugares, escolas, filosofias, retiros, workshops, vivências etc. e conheci muitos professores maravilhosos, cada um me ajudando a trilhar uma parte do meu caminho nessa vida de me perguntar quem sou eu? Pergunta que minha memória me conta que fiz a mim mesma pela primeira vez quando eu tinha 5 anos de idade, mais ou menos. E pela primeira vez nessa vida de andanças e buscas, sinto algo completamente diferente, desde o primeiro contato.
Mariette Raina esteve aqui na última semana e tive momentos intensos, fortes, leves, alegres, intensos de novo, maravilhosos e nutridores com ela. A cada pergunta ou questionamento, ela traz um elemento novo para mim, mais amplo, mais profundo… a cada prática, várias novas descobertas e sigo acessando lugares em mim que nunca tinha acessado. É incrível!
As sensações que a prática, lenta e meditativa, segue revelando para mim, me trazem uma expansão de sentidos e possibilidades de ser, que apesar de estarem em mim, não eram uma possibilidade enquanto eu não tinha consciência.
A prática me ensinou uma dimensão da consciência corporal que antes eu não tinha. Os textos e escrituras que começo a conhecer me trazem um conforto e uma dimensão de compreensão sobre mim e o mundo que tenho dificuldade de traduzir em palavras.
Sinto como se uma camada grosseira do meu Ego venha se liquefazendo para revelar uma outra eu tão diferente em tantos aspectos! São pequenas sutilezas que noto cada dia mais na experiência do estar no mundo e na vida. Uma certa postura do pé que até então eu não notava, uma percepção mais ampliada sobre o efeitos do alimento A ou B no meu corpo, uma abertura e disposição infinitamente maior para o diálogo sem reação ou defesa, apenas para a troca de ideias mesmo, muitos momentos de uma calma e presença profundas, um trabalho no consultório cada dia mais sutil, com mais beleza e amorosidade…
Trouxe também uma certeza de que aquilo que precisamos encontrar nessa vida, chegará até nós de alguma maneira. Afinal qual a chance de uma mestra francesa, que mora no Canadá, passar alguns dias na minha casa em Ribeirão Preto, senão pela vibração de algo muito maior do que possamos sequer imaginar “comandando” todas essas múltiplas conexões que somos? Eu agradeço. Demais. E confio. Demais!