Vou fazer 56 anos semana que vem, na quarta-feira, dia 14 de Maio. Ontem, dia 08 de Maio eu menstruei. Não menstruava desde Dezembro último. Achei um sinal muito interessante e sincrônico com o mapa da minha revolução solar (quando calculamos o retorno do Sol ao grau exato do nosso nascimento, para o ano e encontramos a hora que celebramos, qual nosso ascendente, nossa lua e em que casas estão os planetas no mapa para o retorno do Sol – esse mapa fala do nosso ano), que tem Sol no ascendente, ou seja na Casa 1. A casa do eu sou. E na numerologia pitagórica quando eu fizer aniversário neste ano entrarei num ano 1, a abertura de um ciclo de novos nove anos porque 14 05 2025 = 19 = 10 = 1.

E porque sinto que ter menstruado um pouco antes do meu aniversário compõe lindamente com um ano 1 na numerologia e um mapa da revolução solar com Sol de casa 1? Vou explicar. Mas antes quero adicionar mais uma sincronicidade. Faço aniversário 2 dias depois da Lua Cheia em Escorpião deste ano, que vai acontecer na segunda dia 12 de Maio, no 22º grau. O grau exatoooo do meu ascendente. A Lua Cheia em Escorpião, ou Lua de Buda, é a lua do desapego, da limpeza, de deixar ir o que não serve mais para nascer o novo. Deixar a luz entrar, encarar as sombras que emergem e torná-las conscientes. Ou seja, morre na Lua Cheia o que tem que morrer, final de ciclo de 9 anos na numerologia, para nascer a nova eu, no aniversário.

E a menstruação não deixa de ser o ritual mais simbólico do morrer e nascer na vida de uma mulher. Menstruar, as 56 anos, como um sinal do feminino que comigo, do prazer de poder ainda viver o ritual da menstruação, com suas fases tão importantes. Me sinto privilegiada. Nessas últimas vezes que menstruo sinto meu corpo cada vez mais fazendo um esforço descomunal para professar esse rito. E eu agradeço imensamente. Porque apesar de TPM’s bem longas e exaustivas que sinto nesse luta do corpo por limpar; poder ainda gozar da imensa beleza que é, não apenas o rito em si, mas o bem que ele faz; e poder viver a energia do pós-menstrual, da leveza e lindeza que está o corpo e na cabeça nesse período, combinado com um ano 1 e Sol de casa 1, é de fato uma bênção muito sincronística na minha vida! E que pretendo saborear profundamente! 🙂 Principalmente depois da intensa nigredo-albedo-rubedo que vivi nos últimos anos.

Jung dedicou grande parte de seu trabalho, se não foi de fato esse o seu único propósito, a mostrar para nós o processo alquímico da transformação, de nossas partes inconscientes, automáticas, doloridas e perfomáticas, em nosso ouro mais precioso, nosso eu mais próximo do Self, mais consciente e inteiro em si mesmo. E ao longo desse processo de individuação, como ele chamou, vamos viver vários processos de ‘morte e renascimento’ do ego para que possamos expandir a partir do inconsciente e nos aproximar cada vez mais do Self. Jung comparou as fases do processo de ampliação da consciência do si-mesmo que se é, às fases alquímicas: a nigredo, a albedo e a rubedo.

Sendo a nigredo a fase em que o ego vai mergulhar nas sombras a partir de acontecimentos da vida, das dores que se apresentam na cotidianice do viver. E ao mergulhar nas sombras, profundamente, chorar dores, enxergar mecanismos da persona, ampliar, ampliar, ampliar…. em determinado momento entramos no que Jung comparou com a fase da Albedo na alquimia, quando já paramos de descer no abismo, as coisas começam a serenar dentro de nós e ao nosso redor, começamos a ter uma outra compreensão de nós, da vida, como se começássemos a enxergar ‘uma luz no fim do túnel’. E o processo de tomada de consciência continua… e chega a fase da Rubedo, quando todo aquele processo de ‘descascar e ego e suas personas’ em busca de ser mais verdadeiro consigo e com o que pede a alma, se faz corpo. Somos de fato um novo eu no mundo. Nova cara, novas inspirações, novas imagens, novos sonhos, planos e desejos. Estamos ‘apaixonados’ pela vida, por nós mesmos, nossa trajetória, nossa coragem, nosso novo eu no mundo. Nos sentimos mais confortáveis na nossa própria pele, mais inteiros, mais felizes, com vontade de expandir novamente!!!

Eu vivi muitas vezes esse processo ao longo dos meus 56 anos. E este está tendo um gosto muito especial. Como tenho certeza que os outros também foram sentidos nos seus momentos… mas este eu estou vivendo agora, com o maior nível de consciência que eu já cheguei. Sobre mim mesma, as pessoas, o mundo, o quero ou não quero na minha vida. E foi super hard esse processo nigredo-albedo-rubedo, que começou marcadamente em 2018. Aprofundou em níveis que eu jamais poderia imaginar, com pontos darks mesmo em 2019 e 2022… Em 2023/2024 eu senti a Albedo chegar… devagarinho… a vivi… e sabia, por experiências anteriores, que a Rubedo viria, mas não sabia quando, como… enfim…

2025 começou com reset nodal, os nodos mudaram para Virgem (NS) – Peixes (NN), e eu iniciando meu terceiro retorno nodal (o primeiro é aos 19, o segundo as 37/38, o terceiro aos 56, e muitos planetas retrógrados entre Áries e Peixes, com muitos planetas no meu Nodo Norte natal a 29º de Peixes. Como todos, senti bastante morosidade em muitas coisas nesses primeiros meses de 2025, quase uma paralisia externa porque internamente havia mosaicos de consciência, intuição e certezas que estavam se amalgamando. Em Abril, de repente, foi chegando uma clareza tão clara em tantas coisas… estou um pouco ainda de ‘olhos arregalados’ rs… Como se tudo, tudo, tudo fizesse muito sentido para estar onde estou hoje.

Sinto que começo um novo ciclo, com 56 anos, em plena Rubedo maravilhosa da vida. Cheia de planos, com uma rotina super mais gostosa e saudável para mim. Animada com tanta coisa! que não consigo nem ainda traduzir em palavras… quase um maravilhamento com as possibilidades que a vida traz… mesmo com tudo ruindo ao redor do planeta.

E querem mais uma sincronicidade? Olhei para as cartas de tarô que ficam no meu consultório agora há pouco e resolvi tirar novas cartas – faço isso de vez em quando, de forma bem aleatória, quando o tarô me chama. E olhem as cartas que eu tirei nos diferentes 3 tarôs que tenho usado recentemente – olha de novo a foto que ilustra este post! 🙂